domingo, janeiro 18, 2009

Um desconhecido num café ou uma história de um qq de nós

Era um dia igual a tantos outros, um daqueles sábados em que a preguiça da manhã permite apenas tomar um banho descansado, vestir uma roupa hiper confortável, e dar um pequeno passeio até ao quiosque do bairro, comprar jornais e revistas e depois ir saboreá-los descontraidamente na esplanada de um café, acompanhados do pequeno-almoço tardio, k mtas vezes faz tb de almoço, como me parecia que ía ser o caso deste sábado.
E assim, após olhar para o telemóvel 5 vezes para ver as horas, sempre decidindo que precisava de ficar mais um bocadinho na cama, e qd comecei a ter a sensação que estava a perder um belo dia, dei início então ao meu programa de relax.
Estava já eu sentada na esplanada com um monte de jornais e revistas, quando de repente reparo num homem sentado na esplanada, tb ele carregado de jornais e revistas, com um ar tranquilo e sereno, como se estivesse a desfrutar de um programa de sábado tão relax qto o meu. Semblante interessante, dedo descomprometido, ... várias pistas boas, e sobretudo a certeza k o que me tinha alertado e feito olhar para ele, tinha sido a insistência do seu olhar sobre mim.
Pensei k deveria estar a imaginar coisas, e voltei à minha leitura entrecortada por um gole no fresco e saudável sumo de frutas e uma dentada graciosa na sande de fiambre. Mas não, assim, que desviei o olhar, imediatamente senti aquele par de olhos posto em mim, como se a minha figura fosse uma excelente alternativa à leitura do jornal, tipo um título, a minha cara, uma notícia, o meu cabelo, etc, etc.
Ri-me para dentro e pensei: já valeu a pena a leitura matinal. Pelo menos o ego já leva uns pontinhos para o fim de semana...
E assim continuou por mais uma hora, um inocente flert matinal ou seria algo mais? Tb a minha cabeça, k nem uma típica mente feminina habituada ao multi-task oscilava entre uma notícia, um nariz; um artigo, um par de óculos; o pensamento da lista de compras do supermercado, umas calças; o telefonema que tinha k fazer a uma amiga, um sorriso, etc e tal...
Mas eis senão quando o sorriso sereno e tranquilo do meu voyeur de repente se tornou sério e eu de imediato olhei para perceber o k se passava... e não foi preciso esperar mto tempo para perceber... mulher a chegar das compras com miúdos à volta... um beijinho... um discurso do tipo já temos tudo e podemos ir almoçar, ele k se levantou de repente, ainda com o ar sério, rapidamente pagou a despesa do café e entrou com a família para o carro, seguindo para o suposto almoço.
E pronto! Puf, acordei!!!!!!

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