segunda-feira, janeiro 12, 2009

A mão invisível de Adam Smith reinventada - em jogos de computador

Passei todo o meu curso a ouvir falar na mão deste senhor e, mesmo que não se aplique 100% à economia, com certeza se aplica a toda a nossa vida e à forma como as coisas se encaixam, e como nada acontece por acaso.
Um destes exemplos são os jogos de computador, que várias pessoas usam mtas vezes como bode expiatório, como aquilo que veio arruinar a felicidade das famílias, limitar a capacidade pensante das crianças, e fazer com que os maridos retomem a sua meninice. Como se a felicidade residisse numa família especada frente à televisão tipo Simpsons, como se as crianças não interagissem com os jogos de computador, e como se os maridos não encontrassem outras actividades caso não existisse PSP e afins :)
No meu caso, apanhei com o Spectrum nos meus 12 anos, com o qual passei tardes infindas de Manic Miner (e a famosa música do violino no telhado), Chuckie Egg e outros k tal, com os jogos a demorarem largos minutos a entrar (alguém se lembra como era frustrante qd a cassete encravava no final, após 15 minutos a descarregar o jogo?), isso sim uma lição de persistência para muitos de nós. Mas todas essas horas e noites no computador não fizeram de mim, um rato de laboratório, um ser asocial ou um adulto com problemas graves (pelo menos nada k se possa imputar ao coitado do spectrum)....

Tudo isto devido a uma notícia que li hj sobre um jogo que a Mattel está a introduzir, o qual funciona com um capacete que capta as ondas do cérebro e que mede a sua actividade, levando a que picos de concentração do jogador permitam progredir no jogo, isto é, em tarefas como levitar uma bola, etc.
E fiquei mto contente pois realmente a indústria dos jogos tem sabido adaptar-se aos tempos, e com avanços e recuos, lá vai percepcionando as tendências de consumo. SIm, pk primeiro as críticas eram que os jogos levavam à obesidade. Ora tentem jogar um party na PS2, ou um dos jogos da Wii e vamos ver quem sua mais. Claro que há sempre efeitos secundários, que o digam as janelas vítimas dos primeiros comandos da Wii (eheheheheh). Depois vieram as queixas dos meninos com défice de atenção. Ora aí têm a resposta: um jogo que os obriga a treinar a concentração!!!!!!!
Isto tudo para dizer que a vida tem uma forma mto peculiar de tender para o equilíbrio e que tudo o que acontece tem sempre vários lados, várias implicações, mas que, regra geral, tem um propósito. Do género podemos não ter tudo o que queremos mas temos sempre o que precisamos.
Por exemplo, a crise que aí está. Que me perdoem todos aqueles que neste momento sofrem sem saber como alimentar as suas famílias, mas confesso que vejo nesta crise um efeito disciplinador enorme, na medida em que corrige excessos em que se caiu anteriormente. Ainda me lembro dos meus pais dizerem k n se podia comprar uma casa pois as taxas de juro eram proibitivas, e por isso poupava-se sempre, e depois então é que se podia comprar os bens. E quem não podia, bem, não comprava!!!!
As casas arrendavam-se. E qd o nível de vida caía, tb a dimensão da casa ou a sua localização mudavam, nada mais simples!!! Hj vejo pessoas, q se queixam da crise, a tomarem todos os dias o pequeno almoço fora de casa, já para não falar do lanche a meio da manhã e a meio da tarde. Alguém lhe passa pela cabeça trazer um pãozinho de casa? Ora, aí estava uma bela forma de poupar dinheiro e tb poupar as ancas, não?

Os detalhes da notícia em: http://www.psfk.com/2009/01/mattel-introduces-mind-controlled-game.html

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